Wednesday, February 6, 2008

Reflexões

Pela primeira vez escrevo um blog e como sempre a primeira vez é sempre acompanhada com receios e espectativas. Lembro-me a primeira vez que mamãe, de braços dados, levou-me a escola.

Embora pensasse que fosse mais um lugar para brincadeiras de crianças, julgando pelo facto de me encontrar no meio delas, era no entanto uma escola. Escola Vasco da Gama. No primeiro dia, eram as apresentações, os desenhos de gaivotas, arvores em papel e depois o receio de ter feito mal ou a espectativa de poder ser o mais lindo desenho comparado com o do menino Joãozinho. Pois este , trazia a pasta completa com estojo de lápis de côr, borracha e afiador.

Hoje acontece o mesmo. Para bloggar, precisa assunto mas hoje em dia assunto não falta, ainda mais quando se trata de motivos mesmo preocupantes, como é, a greve do cidadão Maputense perante um subida de preço dos chapas, de cinco meticais para dez meticais. Nos últimos 9 meses já se verificou mais de 3 subidas no custo dos combustíveis. Actualmente 35.5 Mt.

As soluções apresentadas pelo efectivo Moçambicano parece não convencer este povo, que vivendo stressado e olhando seus filhos de barriga vazia, aproveita esta ocasião para se expressar usando a força.

Afirmar que a subida de preço deve-se a conjuntura internacional, que o país tem registado melhorias pois as familias já conseguem semear em suas hortas atraz do quintal, que trata-se de um país cujo o cidadão é calmo, como se fosse um problema isolado somente do Ministério dos Transportes, da Energia ou até do Plano e Desenvolvimento, etc, é tentar tapar o sol com a peneira.

É preciso pensar mais além, é preciso avaliar o nível de consumo deste produto no âmbito nacional, é preciso ter gestores e não "S(M)inistros", é preciso ter agentes activos inovadores e não reagentes, ter uma visão holística da situação, ié, construir reservas, assim como se tentar fazer com os excedentes agrícolas.

E preciso mudar a forma de ser e estar como muda a dinâmica do mundo, progredir, ser sincero consigo mesmo quando se é ou não capaz, saber mudar.

Veja-se também o caso das cheias, não sera o momento para se evitar mais uma tragédia?

Pois não constitui métrica avaliar os canteiros de batata doce ou alface que uma família consegue produzir semeando em seu quintal para sua sobrevivência, como sinal de mudança, de combate a fome e a pobreza ou até desempenho do governo.

Talvez seja mesmo o momento de reflectir sobre estes assuntos, sobre o pais inteiro. Talvez seja o momento de adoptar um novo Modelo de Gestão Governativa e Operativa.